A tão esperada moratória de crédito à habitação está aí.
A partir do dia 2 de novembro, as famílias com créditos à habitação podem solicitar a adesão a este apoio, criado pelo governo, para baixar e estabilizar as prestações da casa durante dois anos. No entanto, este apoio não é gratuito e tem custos associados que podem ser esmagadores, especialmente para as famílias mais vulneráveis.
A nova moratória de crédito à habitação permite fixar a prestação da casa por 24 meses num valor equivalente a 70% da Euribor a 6 meses. Isso pode parecer um alívio: para um empréstimo de 200 mil euros, com 30 anos e um spread de 1%, a prestação pode baixar de 1.086,8 euros para 940,5 euros, com base na taxa de Euribor a 6 meses (4,11%).
No entanto, esta “pausa” não é um perdão da dívida, e as famílias devem pagar mais adiante. É como encher um “balão de oxigênio” de 146,3 euros (a diferença entre as duas prestações) todos os meses durante dois anos. No entanto, isso não é uma economia, pois não é um perdão da dívida pelo banco ou pelo governo. A moratória simplesmente adia o pagamento dessa dívida, com um custo adicional para as famílias.
A moratória é uma lição de que “não há almoços grátis”.
Isso acontece porque a moratória não é uma oferta de ajuda, mas uma medida que é neutra tanto para os bancos quanto para as famílias. Segundo o diploma da moratória, o valor do capital diferido do empréstimo da casa terá de ser pago no futuro, acrescido de juros.
Isso significa que o capital que não é pago nos dois primeiros anos da moratória será adicionado ao montante em dívida do empréstimo no quarto ano após o término da fixação da prestação, capitalizado à taxa de juro aplicada ao contrato, caso o mutuário não tivesse aderido à moratória.
O custo da moratória varia dependendo das taxas de juros futuras. Quanto mais a taxa de juro subir, maior será o custo do empréstimo. Mesmo com as atuais taxas de juro e a taxa de rendimento dos Certificados de Aforro, a adesão à moratória custará mais no final de 30 anos, em comparação com não aderir, de acordo com cálculos.
Para famílias mais vulneráveis, a moratória é uma tábua de salvação, mesmo considerando os custos futuros. No entanto, para famílias com maior margem financeira, a moratória pode ser uma solução para reduzir o montante em dívida do crédito à habitação, desde que seja acompanhada por uma estratégia de investimento planejada e de baixo risco.
A MyCredit está aqui para ajudá-lo a entender as complexidades da moratória e como ela afetará sua situação financeira. A nossa análise é gratuita e pode oferecer soluções específicas para sua família. Lembre-se, não estamos aqui para julgar, mas para ajudar.
Não espere para lidar com essa situação sozinho. Proteja sua família durante a moratória – entre em contato connosco agora ou preencha o formulário abaixo: